O relógio incessante
não se intimida
diante do tempo gigante,
fazendo parte da vida.
vai consumindo os segundos,
consumindo a paciência,
para formar os minutos
numa sequência, em cadência.
Nos pulsos de sensíveis e brutos.
Sem interromper o avançar,
num tic-tac profundo,
fazendo o tempo passar,
ditando as horas do mundo.
Fernando Poeta - 1995
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