Quem somos nós,
diante do incomensurável?
Que força é esta que incita à guerra,
levando homens a saciar a ira
de chefões covardes?
Somos nós, os herdeiros
das conquistas dos fortes
que empunharam lanças,
enfrentando irmãos, semeando mortes.
Somos filhos dos bravos
que derramaram sangue
em batalhas ferozes de sul a norte.
Somos a força dos brados
que ecoaram aos quatro cantos,
sustentando as vigílias
com a própria sina e sorte.
Somos nós, os herdeiros
daqueles guerreiros de fibra e coragem,
que nos deixaram estas glebas infindas
e a conquista da liberdade.
Empunhemos, pois, a bandeira da justiça,
combatendo a corrupção e a impunidade,
impedindo que poucos se tornem reis
e muitos sejam miseráveis.
Por que aviltar tão nobre raça?
Por que demonstrar fraqueza e covardia?
Acordemos, lutemos como bravos,
por uma terra de ordem e progresso.
Fernando Poeta - 1992
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