25 de janeiro de 2013

SILÊNCIO


Quando a noite chega
e o silêncio me entorpece
fico pensando coisas
que só meu coração sabe entender.
Esta saudade que machuca
e faz lembrar de sonhos
que se perderam no caminho
é uma taça de veneno exposta.
Sua ausência tem efeitos
que contaminam os meus dias
de angústia e solidão,
fazendo desaparecer meu caminho.
Sigo sem trilhos, no trem do tempo
aguardando seu retorno
sem encontrar respostas
para explicar nossa distância.
Quebro o silêncio que é só meu
e choro, mas minhas lágrimas
não apagam as tuas pegadas
na minha alma, no meu coração.
Te vejo ainda mais distante
e a cada hora que passa
morro de saudade, aos pedaços,
tentando retomar o que perdi.
Esse vício quase doentio
de amar cada pensamento
que me faça lembrar você
tem sido uma fuga insana.
Restou saudade, nada mais,
e o tempo será remédio,
para cada tropeço no passado,
será a luz no túnel da vida.

Fernando Poeta - 2008

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