Frio cárcere
de tristeza e horror.
Sacrifica
o errante doente
que divide
o seu crime
nos quatro cantos
de solidão
das paredes frias.
Infeliz o pecador
que adormece
nos ladrilhos
deste abrigo
que emudece
o grito dos desgraçados
em desalento
remoendo remorsos da vida ingrata.
A consciência
esmaga
o sonho de liberdade
quando o tempo infinito
faz surgir
o sol quadrado
no espaço
do abraço silencioso
deste cárcere.
Fernando Poeta - 1994
Nenhum comentário:
Postar um comentário