27 de outubro de 2013

O CÁRCERE

Frio cárcere
de tristeza e horror.
Sacrifica
o errante doente
que divide
o seu crime
nos quatro cantos
de solidão
das paredes frias.

Infeliz o pecador
que adormece
nos ladrilhos
deste abrigo
que emudece
o grito dos desgraçados
em desalento
remoendo remorsos da vida ingrata.

A consciência
esmaga
o sonho de liberdade
quando o tempo infinito
faz surgir
o sol quadrado
no espaço
do abraço silencioso
deste cárcere.

Fernando Poeta  - 1994

Nenhum comentário: