É tarde para saber
onde está o maquinista
do trem do tempo
que nos trouxe até aqui.
Partimos,
e a estação da infância
ficou nos trilhos da lembrança.
Foi tudo tão rápido
na estação da juventude
que o trem do tempo
esmagou nossos sonhos de liberdade.
Ficamos aprisionados
no vagão da existência
e o trem do tempo sem clemência
descarrilou nossos sonhos de chegada.
E entre os destroços
restou a bagagem de nossa vida,
feito páginas rasgadas.
É tarde para saber
por que um bilhete de passagem
ficou acenando ao vento
para a vida que fugiu
nos trilhos do trem do tempo.
Fernando Poeta - 1992
Um comentário:
Muito bom! Mereceu a publicação de um livro.
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