Me debato, me desespero
ao sentir calar teu sorriso.
Sujeito-me a ser um escravo
de um amor de improviso.
Não sei perdoar o que fazes
para meu coração sofrido.
Se lágrimas derramares
não será de amor sentido.
Não entendo este teu jeito
de causar-me dor sem fim.
Não deixas brotar de teu peito
um pouco de amor por mim.
Já não me basta sofrer
pelo tempo em que estás ausente?
Se quando me fitas nos olhos
não me pareces presente.
Que se quebre todo o encanto
quando o sonho também findar.
E ame, no eterno momento,
quem principiou a te amar.
Fernando Poeta - 1993
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