No trânsito
invisto
na boléia
de um caminhão.
Insisto
rasgando a noite
incendiada
de faróis cintilantes.
No peito
o coração com saudades
do lar.
Nos olhos
a ânsia de chegar.
As mãos conduzem na estrada
o possante carregado.
O tempo desliza
consome a noite
ilumina o pára-brisa.
Eu invisto
na boléia
do meu caminhão.
Insisto
rasgando o dia
na ânsia de chegar.
Fernando Poeta - 1994
Nenhum comentário:
Postar um comentário