As luminárias acendem-se
ao cair da noite
banhando as ruas.
Os faróis dos automóveis
se insinuam na escuridão.
Nos bares, os corpos, os copos,
se enchem, se esvaziam,
em cadência com conversas tolas.
O dia se foi,
desgastou as máquinas,
cansou os homens,
edificou, destruiu.
A vida caminha
atravessando as horas,
consumindo a resistência.
Sobrevém o sono, o cansaço.
Os homens recolhem-se
aos seus lares.
Cada qual com suas dores,
com seus sucessos e dissabores.
A ânsia de recuperar forças
se faz necessária
para o dia que se avizinha.
O ronco dos motores
faz-se ouvir ao longe.
A noite urbana
cala-se momentaneamente
até que alguém se mova
provocando barulho.
Fernando Poeta - 1995
Nenhum comentário:
Postar um comentário